Ansiedade e Pânico
- Isabela Sancho
- 22 de jul. de 2023
- 1 min de leitura
Atualizado: 4 de ago. de 2023

Há quem chegue para uma análise acreditando não estar à altura de seus compromissos, vendo o tempo se esgotar, sentindo a iminente chegada de um futuro no qual sua incapacidade será revelada e as consequências serão a perda de seus alicerces – como um trabalho, uma casa, um relacionamento, uma estrutura familiar. Terrível, não?
As preocupações não costumam dar trégua, e o corpo, percebendo-se como indefeso, mantém-se em constante estado de alerta: são comuns sintomas como o disparar do coração, a aceleração da respiração, o suor frio, os tremores, a insônia, dentre outros. Há situações em que o temor se amplifica, podendo chegar até mesmo ao medo de perder a própria vida – nesse caso, desemboca-se no “pânico”, um território psíquico onde o pavor se instala.
A “ansiedade” é uma palavra que está relacionada às ideias de ânsia, sufocamento, angústia, e é uma forma de sofrimento muito predominante em um mundo como o nosso: um mundo pautado na aceleração, nas altas exigências, na hiper vigilância, na descartabilidade das coisas e das pessoas.
Em uma psicanálise, não apenas reconhecemos o contexto atual no qual a ansiedade encontra inúmeras ocasiões para se manifestar, mas também investigamos a história pregressa e a subjetividade de quem a sofre.
Em que momentos algo semelhante já foi sentido? O que você imagina que pode acontecer? E esse cenário tão catastrófico – será que se parece com algo que você já viu ou escutou antes de alguém? Esses são alguns exemplos de aberturas por onde, conjuntamente, podemos começar a pensar.




